Más alturas

Seria mentira dizer que nada temos em comum. Absurdo também seria se negasse a mim mesma qualquer química que nos persegue e nos envolve, de uma forma inoportuna num momento infeliz do destino. Quiçá seja por isso que nos encontramos neste presente que em nada nos felizarda, armadilhados por um propósito que quer ver os nossos corações despedaçados, apunhalados por um amor que é a nossa doença mas também a nossa cura.
Amor com amor se paga e o nosso é proibido, sabe-se lá porquê, que mesmo sabendo é pecado pronunciar. Raptar-nos-ia para recônditos lugares se ousássemos abrir a boca numa tentativa arriscada, esse pudor que nos conforta, roubando-nos a índole e calejando-nos com as pedras mais frias e bruscas que se encontram na rua da amargura.
Mesmo assim, a paixão não se elimina, esse fio mágico que nos vai aproximando sem darmos conta e, de certa forma entorpecida, sem mesmo querermos.

Comentários

Diogo Silva disse…
Pequeno e incrivel caracteriza bem o que escreves-te. Tem coração aqui sente-se também e isso dá outro animo á tua escrita. O incrivel é que disses-te de forma muito própria e assertiva tudo aquilo que pelo menos uma vez na vida nos acontece. O mal é a cura, e o tempo é inoportuno mas a vontade de criar a oportunidade força força ate vencer (espero eu neste caso =) ) beijinho gostei muito Angela!

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