És fraqueza minha

És fraqueza minha. A pele está a apodrecer, as mãos tremem, o rosto sua, o cansaço entra sem convite, o coração acelera. A morte está perto e eu não quero. Não quero que morras, não quero que deixes de fazer parte, de ser parte, de ter parte de mim. Não quero que deixes de ser miragem, de ser sol e lua simultaneamente, de ser luz ao fundo do túnel, de me arrancar cada pedaço só com a tua simples existência. Estás cada vez mais longe e eu não quero. Não quero que te afastes, que fiques por aqui, que deixes de ser ponto no meu mapa, que vires a cara, que me desconheças a voz, que finjas não estar à tua frente. Não quero ser mais um rosto desfocado nas tuas memórias, uma breve passagem na tua alma. Matas-me de qualquer forma. Ao menos fica.

Comentários

Catas disse…
"Não quero ser mais um rosto desfocado nas tuas memórias, uma breve passagem na tua alma."

Lindo, lindo! cada vez gosto mais de te ler :) *
AnaMoreira disse…
«Matas-me de qualquer forma. Ao menos fica.»
beautiful, girl.
Gabriela disse…
Não vou transcrever nenhuma passagem, isso implicaria que eu tivesse gostado de alguma parte em particular e isso é mentira, sabes bem o que eu penso sobre este texto e ainda bem que o publicas-te!
Não encontro nenhuma palavra para o descrever a não ser teu, é teu e está tudo dito!
Amo-te!

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